TOSQUIAR DEMAIS ADOEÇE O REBANHO (Ditado Pastoril)

 

Bezerra de Menezes, comparando o povo a um rebanho de cordeiros disse que “os ruminantes racionais compreenderam que todos terão o mesmo destino e por isso seguem a massa cordeiramente atrás do pastor. Talvez isto explique porque a maioria dos líderes religiosos não querem que os fiéis tenham a liberdade de raciocinar sobre o que creem e assim dirigirem o “rebanho” para seu redil. 

Este assunto nos lembra a história de Nasrudin, um sábio e filosofo populista bem-humorado que se tornou personagem de histórias engraçadas na Turquia, cujas “tiradas” inteligentes o salvavam de situações constrangedoras. Contam que ele, sendo visto correndo da chuva por um de seus confrades que lhe chamou a atenção dizendo: -“Como ousas correr da chuva? Não ensinas que a chuva é uma benção do céu a toda criação e corres dela”?  Nasrudin abriu os braços levantando-os para o alto como se quisesse receber as bênçãos de cima e respondeu:  -“Ah! É você que não percebeu que estou tentando não pisar nas gotas sagradas”. Ora, como nosso poeta popular, nossos detratores buscam respostas, mesmo que sejam descabíveis a todas as admoestações que receberem no intuito de se safarem do dedo inquisidor. 

Porque estamos neste assunto? Porque dizemos não ao mercado da fé e nossa intenção é alertar aos que buscam um encontro com Deus nas igrejas interesseiras em monopolizar consciências e nadar na dinheirama que recebem enquanto seus seguidores chegam a passar fome mesmo sendo dizimistas. Não somos contra os dízimos e as ofertas, pois a congregação tem suas despesas e todo auxilio para sanar estas dificuldades é bem-vindo. O que nos choca é o mercantilismo abusivo por estes líderes que vivem principescamente com o dinheiro arrecadado de forma extorsiva através da promessa, para aquele que doa, de retorno financeiro, social ou amoroso que na verdade é irreal. 

A Bíblia, escrita por vários autores e em épocas diferentes, desde Moises (1437 a.C.) a João Evangelista (98 d.C.) foram quase 16 séculos. Foi João Crisóstomo, Patriarca de Alexandria entre 345 e 404 d.C., que alcunhou tais escritos de Bíblia, tirado do grego Biblion e que significa livro.   

As crenças são ideias fundamentais que as pessoas vão desenvolvendo sobre si mesmas, sobre os outros, e sobre o mundo e o futuro. São ideias consideradas como verdades absolutas que estruturam o comportamento das pessoas perante a vida. Diante deste contexto, existem líderes que se aproveitam de seu poder de oratória, convicção e persuasão para monopolizarem indivíduos que se deixam enganar pelo interesse de conseguirem as benesses do alto. Não basta orar, tem que fazer; não basta crer, tem que construir; não basta sentir, tem que exemplificar. Lembre-se: O livre arbítrio é o aguilhão da consciência. Pense nisto e não se deixe enganar!  

                                                             MUITA PAZ!  

 

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