O EQUILÍBRIO DA ESPERANÇA


“Resplandece o sol no alto, a fim de auxiliar a todos. As estrelas agrupam-se em ordem. O céu tem horários para a luz e para a sombra” (André Luiz / Chico Xavier).

Nas reuniões em que participamos, notamos nos desabafos dos Espíritos sofredores, certa seqüência de acontecimentos:

O ARREPENDIMENTO
É normal no meio de tanto sofrimento que o Espírito, desejoso de amenizar sua dor, clame ao Senhor por misericórdia e salvação (dizem: Quando me entreguei a Nosso Senhor a Paz penetrou-me o Espírito), e, diante do arrependimento sincero e da vontade de elevar-se moralmente, acontece o resgate para novas oportunidades, mas para que isto ocorra é necessária a dor, ou se preferir, a violência do sofrimento para abrir as portas da resignação que gerará a busca de uma explicação satisfatória que abrirá o caminho para a Paz.

A RECEPÇÃO
Contam-nos que após a Misericórdia do Senhor manifestar-se iluminando novas oportunidades de soerguimento, familiares, amigos ou parentes que os aguardavam do “outro lado” os ampararam levando-os a um hospital, ou escola ou mesmo a colônias espirituais, isto é, conforme a necessidade de cada um encaminhou-se cada qual para locais específicos de refazimento espiritual.

O DESPREENDIMENTO
As orações endereçadas a ele, as recordações alegres, sobretudo, ajudam no desprendimento enquanto que as tristezas, as lamentações, revoltas e obstinação contra a morte, os prendem pesadamente ao sofrimento. É-nos confirmado que as vibrações espiritistas aos desencarnados, as missas católicas aos defuntos, os despachos de Eguns dos candomblés entre outras congregações que se preocupam em encaminhar o Espírito do morto, imbuídos de amor, amizade, fraternidade e pelo prazer de auxilio desinteressado, mesmo que não lhes elimine a reação de suas ações, envia-lhes o balsamo refrescante refrigerando-lhes a alma e dar-lhes força para se superarem.  

VENCENDO A MORTE E O ÓDIO
Conforme informação deles próprios, o ódio é o sentimento que “esmaga” o Espírito. Seu peso é tal que o “ser” sente-se oprimido sem capacidade de raciocinar e de até mesmo respirar. Tanto os que sentimos pelos outros quanto os que os outros sentem por nós, a força da pressão é a mesma. Somente o amor-perdão, o amor-tolerância, o amor-compreensão, enfim, somente o poder do Amor liberta-nos dos sofrimentos que cultivamos em nós próprios livrando-nos da agonia.    Concluem dizendo que o mesmo ódio que gera a revolta e que os mantêm cativos no umbral, tem o poder de trazê-los à razão, porque o sofrimento sentido desesperadamente incita-os a se libertarem, pois é através deste encontro com nosso “eu”, que se desperta para este Amor que renova corações dando-nos forças para o “arrastar-se nas vagas do lodo”, vencendo o ódio, e encontrando a “vida” após a morte. A maneira de “cão agonizante e suplicante por alivio” é que se compreende que as Leis Divinas agem incessantemente para nos impulsionar ao encontro de nossa perfeição, pois, como dizem, há sempre a Esperança de Equilíbrio através do Amor do Pai Eterno. E nós, através destas lições o que aprendemos? Que os Espíritos tomam consciência gradativa da sua realidade transcendental e que as Leis que nos regem trazem em si mesmo o remédio para combater todo o mal que produzimos para nós próprios. Estamos errados?

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