PARADOXO?

Fomos duramente criticados porque mencionamos a bancada evangélica em reflexão passada (666) e cremos que o expor nossos pensamentos a respeito sem querer ofender ninguém é adubar o conhecimento. Ok. Certa vez um nosso Presidente da Republica afirmou para que todos ouvissem que o nosso país é laico e nós perguntamos: Será? Antes de continuarmos saibamos que laico é o mesmo que leigo; não eclesiástico; secular. Em outras palavras quer dizer que religião e política não se misturam. Pois bem, continuamos perguntando como pode o Brasil ser assim considerado se na nossa nota monetária vem gravado a frase “Deus seja louvado”? Não que tenhamos algo contra a espiritualização do ser. Ao contrario. Achamos que esta menção é um alerta para que aquele que manuseia o dinheiro não se esqueça de que Deus existe e isto, nas mãos certas, é progresso em todos os sentidos.
Acontece que alguns religiosos se infiltram nos partidos de nosso país que, por ser laico, não deveria aceitar determinadas normas, regras ou leis utilizadas como meio de favorecer esta ou aquela congregação. Achamos que os governantes deveriam governar em prol do País e não dos partidos ou das igrejas a que pertencem. Também somos de opinião que o governo não deveria gerir empresas, mas sim governar em beneficio do povo.
Ora, não estamos confundindo as coisas. Simplesmente não conseguimos acreditar que essa corrida fanática pelo poder seja realmente para resolver os problemas da nossa pátria. Não é o que percebemos, pois conforme a fonte de pesquisa em DIAP, o numero de religiosos distribuídos pelos partidos em 2014 são o que segue (com certeza estes números devem ter mudado ou para mais ou para menos o que não resolve o problema em si): Um no PSOL; Um no PV; 18 no PRB; 9 no PSC; 7 no PR; 6 no SD; 5 no PSDB; 5 no PMDB; 5 no PSD; 4 no PT; 3 no PSB; 3 no PPS; 3 no PDT; 3 no PP; 3 no PTB; 2 no DEM; Um no PROS; Um no PTN; UM no PMN e Um no PHS. Por outro lado, o Artigo 54 da Constituição Federal define claramente que os parlamentares não podem ser concessionários de serviço público e temos inúmeros senadores e deputados controladores de rádios e TVs. Este artigo é determinado pela Constituição porque é o próprio Congresso que concede as outorgas.
Já tivemos experiência com fanatismo e interesses pessoais. Sem nos referirmos à outras “guerras religiosas” perguntamos se não está havendo a distorção de homofobia em heterofobia com a desculpa de possuir a verdade. Ainda diremos que Calvino prosseguiu com a Reforma que se estendeu aos Países Baixos e à Escócia, mas apegou-se ao dogma da predestinação e seu fanatismo atingiu os limites da brutalidade com episódios de violência e nossa preocupação é exatamente essa porque sabemos que a imposição bruta daquilo que cremos para aqueles que não têm a nossa crença transforma-se em extremismo perigoso que atrasará a evolução do país e conseqüentemente da população
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Podemos até misturar governos com religião desde que vivenciemos na existência a caridade, no lar a harmonia, no templo o discernimento, na escola a educação, na palavra a brandura, na justiça a misericórdia, na inteligência a orientação, no estudo o proveito, no sexo a responsabilidade, no trabalho a eficiência, na profissão a idoneidade, na alegria a continência, na dor a resignação, nas relações sociais a solidariedade, na obrigação a diligencia, no cansaço o refazimento, no repouso a disciplina e no compromisso a lealdade. Temos condições de agir dessa forma?
Como se percebe, dentro destas diretrizes tanto governadores como governados descobrirão que o tempo é trabalho a serviço do bem comum não havendo o perigo de transformamos a nossa vida em paradoxo de morte com o paraíso da vida eterna e isto não depende da religião escolhida por nós.
MUITA PAZ!
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