CICLO GERANDO CICLOS
“Independência desregrada gera violência, tanto quanto, violência gera independência desregrada” (Emmanuel / Chico Xavier).
Lendo Genesis 19, 5 a 8 deparamos com a oferta das duas filhas virgens de Ló, pelo próprio, aos homens de Sodoma e no mesmo capitulo versículos 31 a 36 temos que as duas dão-lhe bebida alcoólica para relacionar-se sexualmente com ele dando a desculpa da continuidade da descendência. Ainda em Genesis 12, 14 a 19 e 20, 2 a 5, temos que Abrahão oferece a sua esposa Sara ao faraó e a Abimeleque rei de Gerar, na intenção de salvar sua pele.
De acordo com Levítico 20, a pena de morte é para os que amaldiçoam os pais, para os que cometem adultério, para os que têm relações sexuais com a madrasta ou com a enteada, para os homossexuais, para aquele que casar com a mulher e com a filha dela, para os que praticam o bestialismo (ter relação com animais cujo ser também deve ser morto), e, é claro, para quem trabalhar no sábado. Tudo isso menos para a prostituição da esposa ou das filhas.
O livro Números fala sobre o sacrifício que o povo deveria oferecer para esse deus que o Velho Testamento nos faz conhecer, alem de estabelecer normas para se viver em comunidade e principalmente para adoração de um senhor que tiranizou a todos aqueles que o adoravam ou não, e, o Deuteronômio 20 nos dá a idéia de como guerrear em nome desse mesmo deus.
O que se poderia esperar dessa cultura tribal? Hoje sabemos que Javé, o deus único cultuado pelos hebreus desde a aliança com Abraão em 1700 a.C., cujo nome foi importado da atual Arábia Saudita por volta de 1100 a.C. e que ganhou traços das personalidades dos deuses cananeus El, Baal, e Asherah, e, sendo El o mais poderoso de todos, não é de estranhar que sua força e potencia tenha sido assimilado por um povo guerreiro e necessitado de vitorias para assentar-se numa terra estranha e cheia de inimigos. Como poderia este mesmo povo, naquela época, adorar um Deus Pai como nos mostra o Cristo?
O judaísmo era dividido em quatro seitas: Saduceus, formados pela elite; Fariseus, que eram os populistas; Essênios, os eremitas e Zelotes, que eram os radicais. Disputavam cada um a seu modo, o privilegio de estar com a Verdade Plena. De tempos em tempos, estes mesmos, reencarnados em outras épocas e já com o Deus de Amor se impondo entre os seguidores do Cristo, promoveram perseguições porque não queriam admitir que o deus deles estivesse perdendo para este Deus maravilhoso que estamos conhecendo. Assim, tivemos Nero de 64 a 68; Domiciano em 89; Trajano em 110; Marco Aurélio em 177; Valeriano e Deocleciano no inicio do século iV; O Edito de Milão em 313 com o império neutro; Em 391 (Teodósio) com a Religião Oficial do Império; Com o Cisma do Oriente (século XI) dividindo católicos e ortodoxos; Com o Papa Inocêncio III na inquisição e com o Papa Inocêncio IV, no ano de 1252 com o uso da tortura; Com a Espanha cruel no século XV e no século XVI, em Portugal, com o tribunal da inquisição onde, mais ou menos, 30 mil pessoas foram queimadas vivas e, por fim, no final da idade média com Luterismo, Calvinismo, Anglicanismo e, entre outros de nossa época.
Dentro destes ciclos gerando ciclos, o que nos conforta é a certeza de que mesmo sabendo que herdamos a fúria de Saulo, a Ignorância farisaica, a ganância de Roma e o preconceito da atualidade, um dia nos encontraremos na nossa estrada de Damasco, onde a exemplo de Paulo, nos transformaremos verdadeiramente em gloriosos trabalhadores do legitimo Deus de Amor e Bondade.
MUITA PAZ!
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