HALLOWEEN E FINADOS

Já falamos que desde que o mundo é mundo o sobrenatural sempre fascinou a humanidade e, para este tema, voltemos no tempo antigo quando se comemorava o fim da colheita e se preparava para o inicio do inverno cuja estação deixava os povos com pavor do desconhecido e principalmente da morte.
Outro medo que eles tinham era de que alguém abandonasse a comunidade, que como a morte desse alguém, os deixava em minoria para agüentarem os problemas decorrentes das adversidades existentes na época. Por volta do ano 3000 a.C. o temor deu inicio à celebração Celta denominada “Samhain” para a divisão do calendário entre a fase da Luz (verão) e das Trevas (inverno) cuja data equivalia aos 31 de outubro atual porque neste dia acreditava-se que o alem se tornava mais acessível.
Antes de continuarmos é necessário explicar que em inglês o Dia de Todos os Santos é All Hallows Day. Então, a véspera (31/10) virou All Hallows Eve, nome que originou Halloween. Para entendermos esta transformação vamos até o século 5 e 6 quando os romanos conquistaram os territórios celtas e se apropriaram da data, transformando-a em sua própria celebração de finados a qual ocorria no dia 13 de maio, chamando esse dia de “Lamuria”. No ano 602 a Igreja Católica já havia se consolidado como o grande eixo cultural do ocidente. Foi ela que transformou a Lamuria no dia de “Todos os Santos”, mas, para se desvencilhar da data associada aos “pagãos”, “empurrou” o evento para o dia 1° de novembro com a intenção de reforçar a celebração. Assim, o dia 2 de novembro passou a chamar-se “Dia de Todas as Almas”, o nosso dia de finados.
Como alguns visitavam os lares oferecendo suas rezas para acalmarem os mortos, a data saiu do âmbito religioso e ganhou impulso comercial já que os ricos eram os mais procurados pelos visitantes e os pobres praticamente abandonados pelos tais. No inicio do século 19 esta pratica ganhou força porque na Guerra Civil (1861 – 1865) as pessoas temiam que os espíritos dos muitos soldados falecidos, não identificados e não sepultados, ficassem vagando a ermo.
O dia de finados se firmou com a igreja praticamente eliminando os rezadores de plantão e concentrando em torno de si os muitos fieis que cultuavam a data. Movidos por preconceito e falso puritanismo, varias pessoas ligadas aos rituais anteriores, chamadas de bruxas e feiticeiras, originou (no século 19) a caça às bruxas, tanto que Halloween, fora dos EUA virou “dia das bruxas” e no século 20, através da imposição sacerdotal, o dia de finados passou a ser cultuado por praticamente todos, sendo católicos ou não.
Hoje a própria ciência acadêmica, aos poucos, vai certificando que a morte, na realidade, não existe porque a lógica não permite crer que a nossa individualidade, simplesmente, acabe no nada. Por outro lado, sabe-se que a morte é um fenômeno biológico de mutação no corpo físico e nisso todos concordamos, pois ele se desintegra integrando-se à natureza de onde ele veio, mas o Espirito que dá vida a esta massa de carne, este, não perece já que ele é peregrino na senda evolutiva porque vai ocupando outros corpos em cada encarnação até atingir o objetivo da evolução contida na lei de Deus. Assim, podemos afirmar sem medo de errar, que a morte só existe para quem quer morrer, pois que, em qualquer plano de existência, o morto é aquele que vive para não viver, o que gera uma tendência mórbida de temperamento e aberração da inteligência por negar o viver e o sentir da vida. Quantos “vivos” vivem como “mortos” no plano físico ou espiritual? Muitos! Principalmente os que não compreendem que tudo à nossa volta mostra a continuidade das espécies transformando-se e evoluindo nas mesmas espécies porem mais aprimoradas.
Procurando andar com os sábios de todas as épocas acabamos por admitir que a morte não exista em nenhum plano e sendo assim neste mundo, o que se dirá da alma já que todos concordam ser ela imortal?
MUITA PAZ!
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