O BEM NO MAL
É crença normal de que Deus transforma o mal em bem e por isso é boca corrente de que todo mal gera um bem e nós acreditamos piamente nisso a tal ponto de afirmarmos categoricamente de que o mal, assim sendo, deixa de existir. Tentemos explicar: É de senso comum as religiões ensinarem que o mal se disfarça em emissário do bem com a intenção escondida de provocar mais destruição, de nos afastar de Deus, ou de, até mesmo, nos enganar para se infiltrar em nossa vida e dominar nossa alma. Esta crença se encaixa bem para aqueles que crêem na guerra entre o bem e mal, pois, acreditam que Deus tem seu opositor que tudo faz para conseguir almas como habitantes de seu inferno, o que é inadmissível para um raciocínio lógico.
Partindo desse principio, já que é crença comum que Deus é Onisciente, isto é, conhecedor de todas as coisas que acontecem e que irão acontecer, perguntamos o porquê do Criador criar Lúcifer sabendo que ele, mesmo sendo um anjo de luz, se transformaria no seu inimigo numero um? Perguntamos se você, conhecedor do amanhã e tendo o poder da criação nas mãos, criaria um ser que o trairia? Mesmo sabendo que este ser se transformaria em seu inimigo, você lhe daria vida? Novamente o raciocínio lógico diz que não. Então, como aceitar que um ser Todo-Poderoso, Incriado, Onipotente, Infinito, Onisciente e etc. criaria um ser perfeito tão cheio de defeitos? (Pelo visto não tão perfeito assim, o que gera uma nova serie de perguntas). Não há lógica nisso. Ninguém de bom senso faria tal coisa. O que acontece é que a Lei Natural da Vida, ou se preferir, Lei de Deus, é que atração e repulsão, luz e treva, e etc. são frutos da Unidade Bipartida, ou seja, do Equilíbrio Natural dos Antagônicos. São energias que se atraem e se repelem dentro da mesma Lei de Causa e Efeito que rege o universo. É a dualidade falada e cantada por todos, religiosos ou não, desde os tempos milenares do Yin e Yang, do Sol e da Lua, do centrípeto e do centrífugo, enfim, energias que se traduzem em positivo e negativo, ou se preferir, em bem e mal.
Não há como negar que a harmonia cósmica esta contida nesta bipolaridade, de modo que, deduzimos que toda energia por nós utilizada, de qualquer pólo, deve ser restituída para manter este equilíbrio. Perguntamos: qual a maneira de repormos o que utilizamos se não for dentro da ação e conseqüência de nossas próprias vidas? A ignorância das Leis Naturais é que gerou a crença num deus sanguinário que, ofendido pelos pecados dos homens, exige como reconciliação, o sangue de um inocente para a lavagem da alma. A redenção pelo sangue alheio, também conhecido como “bode expiatório”, foi o que imperou na antiguidade para explicar o porquê das catástrofes, dos cataclismos, do sofrimento, do nascimento e da morte. Em Romanos 6:23 está a afirmação de que o “dom gratuito de Deus é a vida eterna”. Emoção, diversão, novas idéias, pensamentos, magia, sonho, susto, lagrimas, alegria, paz, amor, ternura, ódio, tristeza, dor, ciúme, medo, traição, consolo, encantamento e etc. fazem parte da vida de todos os seres humanos e conforme a evolução de cada uma se sentirá suas conseqüências inevitáveis. Como entender esta eternidade se a média de vida humana dificilmente ultrapassa os oitenta anos?
Apesar de não justificar o erro, foi dado o livre-arbítrio para errar ou não. Se errar, no devido tempo certo, a reação se fará presente para cada ação efetuada e a dor, nesse caso, comparecerá como recurso de correção porque, a reencarnação, ao contrario do que ensinam a maioria, não está aqui para castigar a ninguém e sim para corrigir o passado e refazer o futuro, pois a ela também pertence o processo de aperfeiçoamento. Dessa forma, os conhecedores das Leis Naturais que nos regem, não crerão em forças opostas em duelos constantes entre si, pois, quando nos perguntamos porque sofremos, nos vem a resposta do equilíbrio em ação. Então, o “bem surge no mal” e por isso sabemos por que sofremos, imputando a nós mesmos a responsabilidade que costumamos jogar nos ombros do diabo.
MUITA LUZ!
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