SÁBIA SABEDORIA
Sabemos que a filosofia é
a ciência da busca do conhecimento, da origem e do sentido da vida, e
que os antigos isolavam-se em mosteiros, templos e até mesmo no deserto
para alcançar a iluminação da verdade divina.
Foi onde surgiram os eremitas, sacerdotes, monges e conseqüentemente,
filósofos.
Lamentavelmente,
a maioria das igrejas não incentiva a filosofar e isto faz com que a
filosofia se torne mais ciência acadêmica do que religiosa, talvez pelo
medo de sair do âmbito religioso, o que,
com certeza, não aconteceria porque, mesmo que não se aceite tal fato,
ela nasceu da religiosidade, e, assim sendo, acreditamos, as religiões
só teriam a ganhar com os filósofos de plantão que as rodeiam. Existem,
também, aqueles que chamamos, no bom sentido,
de “filósofos de rua”, que são os que se aproveitam de determinados
acontecimentos, seja pejorativamente ou não, para filosofar, o que nos
comprova que a sabedoria não vem somente através do estudo acadêmico. A
vivência em geral com a observação dos fatos,
com o raciocínio, a intuição e a imaginação, enfim, com o viver da
vida, nos transmite a sábia sabedoria.
Deixando de
lado os maliciosos e não os menosprezando, podemos afirmar sem medo de
errar, que eles nos ensinam, talvez até sem perceber, as verdades que
não percebemos, ou que já sabíamos e que as
esquecemos, ou, as que verdadeiramente precisávamos aprender.
Em nossas reuniões,
sempre foi nos ensinado que o Mestre só aparece quando o discípulo está
pronto, significando que tudo tem sua hora para acontecer e que não
adianta colocar o carro na frente dos bois, ou se
preferir, a vida conspirará para aprendermos o que precisamos na hora
certa de nossa necessidade de aprendizado, desde que, não fiquemos de
braços cruzados, mas que saibamos buscar, pacientemente, a nossa
iluminação. Isto nos lembra a historia de um monge
que sempre alertava os discípulos para a importância do estudo da
filosofia ancestral. Um deles, conhecido pela sua força de vontade,
anotava todos os ensinamentos do mestre e passava o resto do dia
refletindo sobre os antigos pensadores. Como todo ser humano,
um dia adoeceu, mas, continuou freqüentando as aulas. O mestre,
preocupado com sua saúde, tentou convencê-lo a descansar um pouco e não
ser tão fanático pelo estudo.
- “Mesmo doente continuarei
estudando. Estou atrás da sabedoria e não há tempo a perder” (disse o
aluno). – “Como sabe que a sabedoria está à sua frente e que é preciso
estar sempre correndo atrás dela?“ (indagou o mestre e continuou)
“Talvez ela esteja caminhando atrás de você e você corre tanto que ela
não consegue te alcançar. Relaxar e deixar os pensamentos fluírem também
é uma maneira interessante de atingir a
sabedoria, porque, muitas vezes e quase sempre, nesta correria, não
percebemos as coisas que estão à nossa volta e que contem um
professorado filosófico”.
E o discípulo, após pensar um pouco, respondeu: -
“O senhor tem razão. O tempo que perdemos é tal qual a água do rio que
já passou e que não voltará a passar, mas que continua passando e sempre
renovada, pois que não deixa de ser a água
do rio. Aprendi com isso que apesar da pesquisa ser um atributo do
sábio o sábio para atingir a iluminação deve mergulhar no rio do seu
interior, sem menosprezar as “águas” do exterior à sua volta para
encontrar a sábia sabedoria e assim, se tornar uno com
o todo em evolução.”
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