MONOTONIA ESCRAVIZANTE

Em junho de 2015 a Analise de Conjuntura da CNBB informou que dos 22l deputados conhecidos, 43% são empresários e que, 23 dos 73 que se autodenominam evangélicos respondem a processos no STF por corrupção, peculato, crime eleitoral, uso de documento falso, lavagem de dinheiro, estelionato, entre outros. (É só pesquisar a Frente Parlamentar Evangélica para comprovar o que esta sendo dito). Fora, a certeza de que se gasta em media, na campanha eleitoral, mais de 4 milhões, o que nos faz perguntar novamente: Para que? Por quê? O que mudou? Já que são quase sempre os mesmos no poder?
Aprendemos que democracia não é regime da maioria contra a minoria e sim o proteger da minoria contra a maioria. É o que está acontecendo no mundo? Em nosso país que se diz laico e democrático? Isto sem mencionar que a palavra “republica” vem do latim e que significa “coisa pública”, o que nos surpreende já que não sabemos se realmente estamos neste regime político. Bem! Mas! Você dirá: E daí?
Não há como fugir de nossa responsabilidade do caos em que nos encontramos, porque e na verdade, não mudamos e não gostamos de mudanças já que fazemos tudo da mesma maneira, ou se preferir, do mesmo modo, nos mesmos horários, automaticamente e do jeito que eles, os manipuladores, querem, seja midiaticamente ou através da atuação falsa, mentirosa e camuflada.
Para mudar esta situação temos que, primeiro, nos libertar de nós mesmos, dessa monotonia escravizante e que nos deixa fragilizados a ponto de aceitarmos o primeiro que aparecer para nos liderar, pois, viciados que estamos, gostamos de ser dirigidos, talvez, para fugirmos da responsabilidade que nos pertence perante a vida. Comecemos a mudar em casa sentando em outra cadeira e do outro lado da mesa; troquemos o sofá ou a poltrona preferida por outra que não gostamos; deitemos do outro lado da cama. No habito de dormir e acordar, mais cedo ou mais tarde do que o costume é quebrar regras estabelecidas pelo subconsciente. Trocar de bolsa, carteira, mochila, sacola, óculos, estilo de roupas e etc. também quebram a monotonia. Leituras de gêneros diferentes ao acostumado abrem novas idéias. Na rua, andemos do lado oposto ao de sempre, troquemos o caminho observando com atenção as novas paisagens. Se não há o costume, tire o fim de semana para um passeio diferente com a família ou sozinho se for o caso. Se for destro, utiliza a mão esquerda para algumas atividades e se for canhoto, ponha a direita em ação. Ouvir o canto dos pássaros ou o ruído dos carros em local diferente também tem o som diferente e nos diverte ou nos irrita diferente. Tentar o novo todo dia até cair no hábito para depois renovar tal hábito é porta aberta para novas perspectivas e conhecimento de coisas novas, melhores ou piores, mas que você, com certeza assimilará somente aquilo que te faz progredir racionalmente, emocionalmente, socialmente e, o mais preferencial, espiritualmente. O importante neste caso é a mudança, o movimento, o dinamismo e a energia circulante e libertaria do monopólio da mesmice e dos que buscam nos dominar, sejam eles políticos ou não, religiosos ou não, visíveis ou não. Afinal, a vida é movimento em qualquer lugar do universo.
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