O MANTRA MÁGICO

 Nas religiões orientais, notadamente entre os hindus, o mantra é muito utilizado pelos iogues, eremitas e nos mosteiros onde vivem os homens considerados santos. Esta prática envolve a pronuncia constante de uma palavra, ou frase, ou canto onde o praticante atinge níveis altíssimos de concentração mental/espiritual trazendo-lhe grandes revelações porque desenvolve sublimes percepções e altos graus de iluminação, a ponto de manifestar-se fisicamente em levitação, materialização, bi locação, aporte, transporte e outros diversos gêneros de manifestações espirituais no físico. Outras idéias divulgam normas de posturas, respiração e movimentos conjugados para se conseguir uma elevação espiritual condizente com a perfeição que se deseja alcançar. No ocidente, sem que se perceba, também se pronuncia mantras através da repetição das orações. Dessa forma, o Pai Nosso e a Ave Maria, como exemplo, podem ser considerados mantras ocidentais.
A busca pela perfeição se dá de varias maneiras. Apesar de não existir uma regra especifica para atingir a iluminação que não seja o “amai-vos” dito pelo Cristo Jesus, porque, o Amor ainda é a chave para atingir esse objetivo e ele (o Amor) não é exclusividade desta ou daquela religião, etnia ou idade de vida. Ele, o Amor, também não é mundial. É Universal, pois todos os universos vivem e sobrevivem por sua causa. ““A perfeição absoluta somente a Deus pertence. Nós atingiremos a perfeição perfeita e para isso a própria vida se encarrega de nos colocar no rumo deste objetivo. Ora, como é impossível alcançar tal estágio numa única existência, se tem a reencarnação como lei divina e diretriz de evolução porque o Amor se enquadra no fato de que os verdugos de hoje foram vitimas de ontem, ou se preferir, as vitimas de hoje foram os verdugos do passado, e ambos são merecedores do socorro espiritual que ativa o Amor Divino nos seres da Criação. ““Apesar de algumas religiões se colocarem como única detentora do caminho para se atingir a perfeição, sabemos que a verdade tão propagada por eles se perde quando se mistura a boatos e especulações, seja por ignorância ou por certos interesses, ficando difícil a separação de uma coisa da outra. Neste caso, somente o tempo conseguirá mostrar realmente quem é quem e o que é o que.“14/09/16, 19h45 - Ibrahim: Independente de qualquer crença, nós acreditamos que a religião deve ser fonte de conforto, bem-estar e segurança espiritual porque deve trazer o conhecimento da relatividade do certo e do errado com o discernimento e consciência no pensar, refletir e meditar no entendimento de si mesmo como ser integral de Espírito e Físico. É onde se enquadra a busca da iluminação independente da forma do rito e do dogma. Existe, inclusive, uma historia contada nesse meio que ilustra muitíssimo bem o que desejamos expor dizendo que um devoto e estudioso dos mantras, sabedor de que um sábio famoso que vivia nas montanhas de uma ilha e que era possuidor de um mantra mágico, foi em sua busca. Ao encontrá-lo e após as apresentações e norma de boa hospedagem conseguiu descobrir que o mantra recitado pelo velhinho era o mesmo que ele, jovem iogue, utilizava em suas meditações, só que, com a pronuncia errada.
Depois de corrigi-lo neste aspecto, despediu-se e foi embora. Após algum tempo, já com o barco em distancia avançada, o devoto viu o sábio levitando sobre as águas e vindo em sua direção. Teve-se, então, o seguinte dialogo: -“Desculpe-me interromper tua viagem. Sinto incomodá-lo, mas como já estou velho, não consegui guardar na memória a pronuncia correta do mantra. Você poderia repeti-la?” (solicitou humildemente o sábio). -“Está claro que o senhor não precisa saber como pronunciar o mantra” (gaguejou o devoto completamente admirado).
Mas, o velhinho não desistiu. Ficou ali, pairando sobre as águas e insistindo de uma forma tão simples quanto educada.
O devoto, incomodado com a visão do eremita sobre as águas, pronunciou o mantra.
O sábio, então, continuou ali por alguns minutos repetindo correta e lentamente as palavras exatas. Depois, sem parar de pronunciá-lo, caminhou sobre as águas e voltou para a ilha.

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