INSTINTO ANIMAL
Para nossa alegria, o instrutor do dia era aquele cujas palestras eram interativas, interessantes e cômicas. Não que as dos outros fossem chatas. Não é isso. Todas são ótimas e muito instrutivas e nada enfadonhas, só que, com este, talvez por sua alegria contagiante, era mais agradável aprender.
Após os cumprimentos e a oração inicial, ele começou nos dizendo que a alta espiritualidade transmitiu a Kardec ensinamentos valiosíssimos, e que encontraremos no O Livro dos Espíritos, inclusive, o ensino de que o Espírito, ao encarnar no corpo humano, traz o principio intelectual e moral que o torna superior aos animais. As duas naturezas que existem no homem são as duas paixões de origens diferentes. Uma vem dos instintos da natureza animal e outra das impurezas do Espírito encarnado e que simpatiza mais ou menos com a grosseria dos apetites animais. Purificando-se, o Espírito se liberta pouco a pouco da influencia da matéria. Submisso à essa influencia, se aproxima da brutalidade; despojado delas, se eleva a sua verdadeira destinação.
Sabe-se que o fim para a lagarta é o inicio para a borboleta. Isto significa que não se caminha para frente quando se está preso ao passado, e como a reencarnação é certeza transcendente que explica os porquês de tantas aflições no mundo sem duvidar da misericórdia de Deus, afirmamos que os instintos animais, bem trabalhados e sublimados, vencidos, transformam-se nos sentimentos morais que elevam o ser para alcançar a plenitude espiritual. Portanto, substituir a alegria pelo prazer, o amor pelo sexo, a verdade pela ilusão, a beleza pela moda em vigor e a religiosidade pela superstição é loucura da materialidade, é suicídio espiritual.
Quando Jesus nos disse para amarmos o nosso próximo, Ele não especificou quem seria este “próximo”. Assim, partindo do principio que só odiamos a quem, um dia, já amamos, vamos entender que o nosso próximo é mais abrangente do que imaginamos, e, se não esquecermos que onde falta o amor cresce o orgulho e a vaidade despertando os instintos que nos aproximam dos animais, mesmo que oremos constantemente. Madre Teresa de Calcutá já disse que as mãos que trabalham em prol do próximo valem mais do que os lábios que só oram.
Para a reflexão de vocês sobre os instintos animais nos humanos pergunto o que aconteceria se nós transmitirmos os sentimentos humanos aos animais? Ouçam esta historia contada pelos antigos:
“Um falso religioso, daqueles que se pode dizer que são lobos vestidos de cordeiro, entrando por um atalho para chegar de uma cidade para outra, perdeu-se no meio da mata. Em sua caminhada escutou atrás de si um barulho que o acompanhava nos passos. Ao virar-se para ver o que era, deparou-se com um urso do tamanho de um guarda roupa 4x4. Sem pensar começou a correr... e o urso atrás. Caiu, se arrastou, levantou-se e correu novamente... e o urso atrás. Caiu de novo, rolou no chão e ao tentar erguer-se, o urso o agarrou com aquele abraço característico. Nesse momento o desesperado “meu Deus” saiu do fundo de sua alma pela boca chorosa... e o milagre aconteceu. Tudo parou. O silencio predominou. Uma luz divina iluminou o ambiente, e uma voz suave de trovão disse: - O que desejas? Durante todos estes anos enganaste a muitos usando meu nome e agora recorres a mim?
- Senhor. Perdoa-me, pois pequei e agora me arrependo.
- Não existe arrependimento sem reparação. Como vais reparar o que já fizestes?
- Começando por este urso. Dá-me o poder de transformá-lo num cristão.
- Seja feito como desejas.
Então, o homem disse para o urso: - Pelo poder a mim transmitido, ordeno-te urso pecador que te transformes num valoroso cristão.
O urso saiu de cima do homem. Fez uma pausa. Abaixou a cabeça. Juntou as patas em prece e disse: Obrigado Senhor pelo alimento que agora vou comer.
MUITA LUZ!
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