OBEDIÊNCIA A DEUS
Nosso instrutor iniciou a conversa com a pergunta: -“O que entendemos por fazer a vontade de Deus?” e continuou: “Aprendemos com Santo Agostinho que quando Deus fala aos homens, fala à maneira dos homens. Isto significa que só existe uma maneira de fazermos Sua vontade: “Amando o nosso próximo como a nós mesmos”, o que desperta a pergunta: “E quem é nosso próximo? Simplesmente o outro?”
A resposta fica a critério de vocês! E saiu deixando-nos confabulando.
Quando voltou, cada grupo lhe apresentou sua tese. A nossa foi:
“Existe uma frase entre nós e que foi aproveitada no mundo físico que diz: “A Lua te mostrará a beleza de Deus, o Sol lhe mostrará o poder do Criador e o espelho confirmará qual a maior criação do Pai Eterno”. Pois bem! devido ao nosso grande valor perante a criação o que podemos fazer para merecermos a bem-aventurança prometida? Qual a nossa arma infalível para alcançarmos rapidamente nosso aperfeiçoamento? E assim chegarmos mais perto do Cristo?
Não podemos responder simplesmente com a fé, porque, ela (a fé), tem várias definições: Para o homem de bem, são os bons princípios; para o homem fervoroso, é o código moral; para o homem piedoso, é a religiosidade e, para o senso comum, a fé é uma conquista da alma porque ela compõe ou faz parte da personalidade da pessoa imprimindo a crença em Deus e no Amor do Pai, donde nascem os frutos da bem-aventurança almejada.
Pelo que vemos na maioria dos seres humanos, que se dizem fazedores da vontade do Nosso Pai, é que o Amor ao próximo e a Ele não é tão importante quanto a salvação de si mesmo para não morarem no inferno. Também não se pode falar em caridade porque caridade não representa bondade. Explicamos:
A bondade pertence à qualidade do Espírito e a caridade pode ser feita por interesse, o que anula a bondade praticada. Ora, pensando no modo de ouvirmos Deus nos falar à maneira dos homens, recorremos aos antigos contando que quando Moisés subiu aos céus para escrever determinada parte da Bíblia, o Todo Poderoso pediu para que ele desenhasse pequenas coroas em cima de algumas letras da Torá. E então Moisés, com a curiosidade natural de todos nós, disse: -“Criador do Universo, porque colocar estas coroas?” - “Porque daqui a cem gerações (respondeu o Senhor), um homem chamado (Moisés não entendeu o nome e mesmo assim calou-se) irá interpretar o verdadeiro significado destes desenhos.”
- “Mostre-me a interpretação dada por este homem de nome estranho” (pediu Moisés) e o Senhor o levou ao futuro colocando-o em uma das aulas do rabino justamente onde um aluno perguntava: -“Mestre, porque estas coroas desenhadas em cima de algumas letras?”
- “Não sei (respondeu o dono do nome estranho) e acredito que nem Moisés sabia. Mas, como ele era o maior de todos os profetas, fez isto apenas para nos ensinar que, mesmo não compreendendo tudo que o Senhor faz, ainda assim devemos fazer o que Ele nos pede”... E Moisés pediu perdão ao Senhor!
Como vimos, a obediência deve começar respeitando as leis divinas que regem nossas vidas e terminar no Amor que a tudo transforma. Vejamos o dialogo entre um mestre e seus alunos:
- “Qual o melhor remédio para a saúde? (perguntou um neófito). “O amor!”(respondeu o mestre).
- “Qual o melhor modo de educar a família?” (pergunta outro). - “Amando-a! (responde novamente o instrutor). - “Qual a melhor maneira de servir a Deus?” (pergunta mais um). - “Amando suas criaturas sem distinção!” (responde o responsável pelos ensinos). - “E se não der certo?” (perguntaram a uma só voz). - “Aumente a dose!” (responde a voz da sabedoria).
Não soubemos se o agradamos, mas de uma coisa tivemos a certeza: Ficamos em Paz com nossa consciência porque resolvemos seguir o que escrevemos para ter uma segunda certeza: A de que Deus ficará satisfeito conosco
PAZ E LUZ!
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