UMBANDA É ESPIRITISMO?
Antes de iniciarmos nossa conversa devemos esclarecer que, além de respeitarmos todas as religiões não nos sentimos melhores do que ninguém e tampouco desejamos ofender a quem quer que seja. Isto colocado, expliquemos que tomamos este tema porque vemos alguns irmãos confundirem diversas congregações que praticam o mediunismo com Espiritismo. Vamos nos ater na Umbanda que é a que mais utiliza esta nomenclatura, pois afirmam serem adeptos de Espiritismo de Umbanda, no que não concordamos com esta afirmação. Já explicamos nosso ponto de vista a respeito em diversas oportunidades de conversas que já tivemos sobre o assunto e como percebemos que alguns dos que nos prestigiam seguindo nossos esclarecimentos, ainda que vez ou outra penda para o mesmo pensamento, vimos por bem esclarecer mais um pouco este tema. Ok! A Umbanda nasceu do Espiritismo e isso é fato, porque, na época os espíritas faziam distinções nas manifestações mediúnicas, desprezando inclusive, determinados espíritos que desejavam se comunicar. Após a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas através do médium Zélio de Morais, os espíritos ignorados passaram a ter locais preparados para suas reuniões. O caboclo, em seu linguajar característico, explicou que estes agrupamentos seriam “uma banda” do Espiritismo e que a Fé, a Esperança e a Caridade deveriam ser a bandeira destas assembléias que tinham por objetivo o amor ao próximo.
Propagando-se por “esse mundo afora”, em pouco tempo, “uma banda” virou Umbanda e aparecendo também muitos teólogos umbandistas procurando o significado desta palavra (Umbanda) nos dicionários de diversas línguas ativas e inativas e nada encontrando que seja realmente racional surgiu com isso Umbandas mistas com o Candomblé, Vodu, Quimbanda, Pajelança entre outras exotéricas ou não, prevalecendo e muito o sincretismo com os santos católicos, fazendo assim que toda aquela originalidade se perdesse nas poeiras do tempo. Outra coisa que se é necessário entender é que “nunca, mas nunca mesmo” chamamos nossos médiuns de “cavalo”, ou de “saco de ossos” e nem de “aparelhos” para não se pensar que “montamos” em nossos medianeiros e para que não se confundam que eles sejam do tipo “liga e desliga”, pois na verdade, são seres humanos que se colocam à nossa disposição para nossas manifestações, e, que, por respeito e por amá-los verdadeiramente os chamamos de “filhos” ou de, simplesmente, médiuns, tanto no feminino como no masculino.
É claro que ainda existem (pouquíssimos é verdade), centros de Umbanda “pura”, no sentido de não haver misturas em seus trabalhos mediúnicos, e que, acreditamos, deverão se transformar em Espiritismo já que não fazem despachos, não utilizam atabaques e etc. de coisas que, nos outros terreiros acontecem normalmente, mesmo porque, os adeptos desta doutrina de Amor já estão esclarecidos sobre os preconceitos de qualquer espécie. Alem disso, sabem que em biologia é ensinado que todo organismo vivo tem um fim e que a raça humana não esta descartado deste “grande final” e os espíritas de verdade vivem toleravelmente para um fim consciente, de maneira que, após a morte física, possam usufruir, sem o horror dos descrentes da vida após a morte, a alegria de se sentirem totalmente vivos em qualquer lugar que estejam.
Como já afirmamos diversas vezes, respeitamos nossos irmãos e irmãs de idéias diferentes das nossas, mas não podemos concordar com o que presenciamos em relação a este tema, mesmo porque, os rituais e os apetrechos de culto são extremamente diferentes, portanto, torna-se necessário desmembrar as religiões que se utilizam do mediunismo e que se dizem espíritas sem o serem, e designá-las pelo nome correto que, no caso da Umbanda, é Umbandismo e não Espiritismo de Umbanda. É conveniente dar-se nomes aos bois nesta miscelânea mediúnica para que os pingos permaneçam nos is dos entendimentos da vida e assim eliminar de vez os conceitos errados de uma associação a outra.
PAZ E LUZ!
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