AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ
Em nossas idas e vindas nos caminhos do aprendizado percebemos que a cultura do sofrimento, apoiada no conhecimento da Lei de Ação e Reação, gera a crença de que não merecemos ser felizes. É a ideia do “eu perdedor”. Também se ensina por ai que não se vai para o mundo glorioso sem passar pelo mundo doloroso, o que é verdade em parte, pois se pegarmos o efeito pela causa acreditaremos que é só sofrendo que se alcança o paraíso o que também é meia verdade já que não nascemos para sofrer. Ora, no nosso meio é dito que é sobre os destroços de ontem que germina o embrião do amanhã, mostrando que está sobre nossa “cabeça” o sofrer ou não em nosso dia a dia. Talvez seja por isso que o Naturalista busca a origem da Vida; o Filosofo, o conhecimento do Todo; o Religioso, o mistério da Criação e o Sofredor um culpado, desde que não seja ele, para o seu Sofrimento. Não se compreende que as voltas que a vida dá nada mais são do que consequências de nossos próprios atos donde somos levados, de varias maneiras, a acertar nossos próprios passos, de forma construtiva, para seguirmos em frente dentro de nossa responsabilidade.
Independente da veracidade desta historia que vou relatar, pois o que nos interessa é seu conteúdo moral, conta-se que Da Vinci, ao conceber seu famoso afresco “A Ultima Ceia”, teve dificuldades para pintar o bem na imagem de Jesus e o mal na figura de Judas, mas que, em certo dia, ao assistir a apresentação de um coral, viu em um dos rapazes a imagem ideal do Cristo e o convidou para posar em seu ateliê. Foi como conseguiu reproduzir os traços de seus estudos. Mostrou, então, o esboço ao rapaz e o elogiou por representar tão bem a face do Cristo. Passados alguns anos, sem ainda terminar o quadro por não conseguir alguém para o rosto de Judas, e, continuando sua busca, encontrou um jovem prematuramente envelhecido, esfarrapado, bêbado e jogado na sarjeta. Pediu para seus assistentes que o levassem para a igreja já que não teria tempo de preparar um esboço e, ali mesmo, com seus auxiliares amparando o mendigo, Da Vinci conseguiu retratar as linhas da impiedade, do pecado e do egoísmo tão bem delineados naquela face. Quando terminou o trabalho, o jovem que estava voltando a si naquele momento, viu a pintura e exclamou: -“Já vi este quadro antes!”... -“Quando?” (perguntou Da Vinci surpreso) e numa mistura de espanto, magoa e tristeza o jovem respondeu: -“Há três anos, antes de eu perder tudo o que tinha. Na época eu cantava no coro e um artista me convidou para posar como modelo para a face de Jesus”...
Nosso instrutor, após pequena pausa para assimilarmos suas palavras, continuou dizendo que o que as pessoas mais desejam é serem ouvidos em seus momentos de aflição. Em silencio. Sem dar conselhos e sem que digam o famoso “se eu fosse você”. O ouvido amigo é suficiente em muitos momentos para auxiliar quem está com problemas, muito mais do que as palavras! É na escuta que o auxilio começa e é com ela que a ajuda termina. Sabemos que o dinheiro gera a intranquilidade, que a posse cria a ambição, que a preocupação traz desarmonia, que a loucura vem dos conflitos, que as reclamações atrasam o trabalho dignificante e que muitas doenças nascem com maus pensamentos, mas também sabemos que existem outras portas ocultas para diversas obsessões espirituais e que inadvertidamente as mantemos abertas devido aos nossos interesses mesquinhos, da vaidade camuflada nos cuidados físicos, do orgulho disfarçado na humildade, da intransigência oculta na decepção, da fofoca travestida na noticia e da mentira perniciosa com ares de bons sentimentos e amizade. Quando vocês perceberem que é o mesmo rosto que pode representar as duas faces na vida, vocês estarão prontos para viver as dificuldades que aparecem e crescer através delas... E finalizou com “um bom discernimento a todos.”
PAZ E LUZ!
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