A BÍBLIA É VOZ DE QUEM? 2/2

 

Se analisarmos as escrituras sem preconceitos descobriremos que o Antigo Testamento é uma má noticia onde os ensinamentos severos incentivam a culpa, a inimizade, o julgamento incisivo, a punição e a morte enquanto o Novo Testamento é a Boa Nova da libertação que só fala do Amor, que enaltece a compaixão, que promove a reconciliação, a redenção e a vida. Assim, deduzimos que o VT foi dado aos judeus ainda endurecidos de coração e que precisavam de um deus criado à imagem e semelhança deles, e que o Evangelho foi dado a Jesus que era judeu para se cumprir as escrituras judaicas e para nos libertar do jugo materialista, mas que, como consequência da má interpretação ou de interesses escusos, temos hoje a transformação de algumas regras judaicas que originou o judaísmo cristão, ou se preferir, o cristianismo miraculoso mesclado com ritos pagãos e judaicos. Se continuarmos com nossos estudos afirmaremos que, por exemplo, o livro de Jó é negativista da mesma forma que Voltaire, Shopenhauer, Hamlet e Freud o foram. Os textos que falam sobre o pecado original, isto é, sobre o “fruto do bem e do mal” devem ser entendidos como a “descoberta do eu”, ou se preferir como a “manifestação da consciência que trouxe a responsabilidade da vida sobre os ombros do próprio indivíduo”, pois que, anteriormente a vida era vegetativa e “cuidada” por Deus. Hoje sabemos que para combater a “mitomania” não basta orar, tem que fazer; não basta crer, tem que construir; não basta sentir, tem que exemplificar já que não conseguimos amar aquilo que não conhecemos. Acreditamos que foram os bons exemplos que despertaram a índole enraizada de personalidades como Hermes Trismegisto, Confúcio, Lao-Tsé, Buda, Amenófis, Empédocles, Sócrates, Platão, Diógenes, Demóstenes, Hipócrates, Moisés, Zoroastro, João Batista, os Apóstolos, Paulo de Tarso, Maomé, Francisco de Assis, Lutero, José de Anchieta, Kardec, Gandhi e Chico Xavier entre outros que aí estão a nos servir de exemplos a serem seguidos.    

No O Livro dos Espíritos, pergunta 974 A, existe a advertência de que se ensinarmos coisas que a razão rejeitará mais tarde produziremos uma impressão que não será durável e nem salutar e a nossa preocupação é expor aquilo que aprendemos e que seguramos dentro do conceito paulino de aprender de tudo retendo o que é bom (1 Tessalonicenses 5:21), mas não sem antes analisarmos se há concordância com o bom senso que deve regular nossa pesquisa. Assim sendo, tentando responder à tua pergunta, diremos que a Bíblia é o livro que conta a saga de um povo que se preocupou em responder as questões que surgiram dentro daqueles tempos em que viveram e conforme a evolução da época e, que serve na atualidade para os estudos dos caminhos evolutivos que nos antecederam. Portanto, analise comparativamente todas estas informações e tire suas próprias conclusões e responda qual a voz que a Bíblia representa.                                  MUITA PAZ!  

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