QUE MEDO...

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“Se alguém queixar-se da vida ao seu lado, responda com palavras de encorajamento; Não aumente o peso a quem já sente demasiado o que carrega. Se alguém se lamenta da vida, procure mostrar os lados bons e belos da existência; Não contribua com suas próprias lamentações para o desanimo do companheiro; Reanima-o com esperança e bom ânimo, com palavras de incentivo e coragem. Talvez, desse remédio, dependa a cura de seu coração desalentado” (Torres Pastorino) – (1910 / 1980).

Quando Jesus disse que trouxe a espada no lugar da paz, com certeza, referiu-se à luta intima que travaríamos para seguir seus ensinamentos, porque, não é fácil ser cristão, principalmente porque nos exige uma reforma interior de tudo o que estamos acostumados a viver dentro da nossa imperfeição, pois, os instintos animalizados, ainda, sobressaem-se às virtudes que o Cristo deseja que tenhamos, contudo, não é impossível atingirmos a meta que nos foi proposta por Ele e o caminho Ele mesmo nos deu quando disse o “amai-vos uns aos outros assim como vos amei”.

O nosso coração, normalmente desalentado e necessitado de conforto e amparo quase sempre se fecha em torno de si mesmo como se fossemos os únicos e maiores sofredores do mundo e o “Amai-vos”, ensinado e vivido pelo nosso Mestre querido, fica em segundo plano devido ao egoísmo cercar-nos com todas as suas artimanhas, trazendo-nos desconfortos espirituais que se manifestam em doenças, tristezas, desânimos e outros sentimentos negativos que nos cega fazendo-nos não perceber que é justamente no amor ao próximo, sem distinção, que está a nossa cura, a nossa libertação da escravatura materialista focada egoisticamente na nossa vida física.    

Como dissemos, não é fácil ser cristão porque isso exige de nós malabarismos para driblar nossas más tendências e se não tivermos alguém para nos lembrar e nos ajudar a trilhar o caminho traçado por Deus, fica mais difícil ainda porque fazemos questão de esquecer aquilo que fere nosso brio de humanos inteligentes. Para tanto, existe em todas as religiões pessoas que realmente se preocupam em transmitir-nos, não só com palavras, mas, e também com exemplos vividos, a luz divina para alcançarmos tal objetivo.

Já se foi dito que quando auxiliamos nosso próximo, automaticamente auxiliamos a nós próprios e já está mais do que comprovado de que a violência, o desamparo, a fome, a miséria, as doenças de todos os tipos são provenientes de nós mesmos.
Quantos que estão preocupados, de fato, em ajudar o semelhante pelo prazer de ser útil a quem precisa? Não são o orgulho e o egoísmo que dominam as pessoas afastando-as da caridade pura, desinteressada? Não é o receio de ser encorajado a encorajar, sempre para o bem, os que estão à nossa volta para não vermos no nosso próximo a nossa imagem e semelhança?... Nossa... O que foi dito?... Vermos nossa imagem e semelhança no nosso próximo?... Que medo!

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