QUEIRA OU NÃO QUEIRA, É O QUE É!
Entendo neste versículo o coração como sendo a alma
porque as más inclinações pertencem ao Espírito e quando se fala em coração
associasse a esse órgão o sentimento que reside em nossa alma. Puxa! Dei uma
volta sem querer e cheguei ao ponto de partida. Bem! Você entendeu que quando
as Escrituras falam em coração estão falando exatamente dos sentimentos que
emanam do nosso Espírito. Assim sendo, é com razão que Jesus disse que o mau
proceder procede verdadeiramente daquilo que temos interiormente.
Mas, de onde vêm essas más inclinações? Como
adquirimos essa anomalia? Porque somos seduzidos pelas imperfeições do nosso
Espírito? Porque Deus, no caso, nos criou propensos a essas impurezas e porque
uns conseguem se libertar dessas amorais rapidamente e outros demoram séculos
para subir um degrauzinho? Será que a “graça” divina é repartida diferentemente
entre nós ou será que a resposta está condicionada à nossa responsabilidade mal
conduzida por nós próprios nesta ou noutras vidas?
Todas as religiões falam que somos eternos ou
imortais, portanto, a vida, sem duvida, é eterna, sendo assim, não há mortes
definitivas e sim transições em dimensões. O próprio Cristo disse que Deus não
é Deus de mortos, mas de vivos e isso comprova que a morte mesmo, não existe.
Ora, se somos vivos eternos o que impede de entrarmos
em contato com os “mortos” que vivem eternamente? E se vivemos eternamente o
que impede de nos reencontrarmos no além? E se nos reencontraremos um dia
porque não podemos influenciá-los ou por eles sermos influenciados para a
alegria ou para a tristeza? Não poderia através de esta sintonia ser
estimuladas as nossas tendências? Então porque não buscarmos em nossa evolução
a resposta para nossos sentimentos? Não estaríamos dessa maneira colocando a
responsabilidade de nossos atos inteiramente em nossas mãos? E se somos
responsáveis por nós mesmos então...
Jesus estava corretíssimo em assimilar nossas
fraquezas ao nosso estado evolutivo o que, aliás, até hoje, mudou bem pouco.
A causa de Deus é Universal e não abrange somente
determinadas agremiações regionais com rótulos ou títulos religiosos, mas e
sim, a alma de cada um para que com a nossa experiência individual possamos nos
converter em potência coletiva de sentimentos que mostram na integra o nosso
ser interior. Só que para que isso aconteça devemos nos perguntar se costumamos
auxiliar nosso próximo em suas aflições, se não nos corrompemos pelas
fascinações do mundo, se a nossa consciência nos acusa de algo, se estamos
vivendo dentro da justiça e da verdade, se realmente amamos nosso próximo sem
nenhum interesse que não seja o de verdadeiramente amar, entre outras atitudes
que produzam o bem estar comum. Sendo a resposta negativa, então, queiramos ou
não, estamos desnudos perante nosso coração. PENSE NISTO!
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