O BEM SEM PECADO



“O bem que praticares em algum lugar será teu advogado em toda parte” (Emmanuel / Chico Xavier).

É bíblica a frase que diz que o amor cobre uma multidão de pecados o que valida o ensino acima. É evidente que esse sentimento sublime, sendo uma emanação do nosso criador, possa transformar desde sentimentos até universos em na mais pura energia que possamos conceber, quanto mais, eliminar todos os pecados desse mundo em que vivemos. Mas, deixemos este sentimento para outro momento já que ele é de difícil definição mesmo sendo de fácil assimilação e falemos agora um pouco do assunto chamado pecado.

Sabe-se que o pecado é relativo e depende da cultura de cada povo, o que faz deduzir que ele, na verdade, não existe, mesmo porque, é ensinado pela “voz de Deus” que todo mal se transforma, mais dia menos dia, em bem, o que reforça a tese acima. O que acontece é que cada “mal” praticado gera desvios na rota do nosso aperfeiçoamento o que retarda nossa evolução. A vantagem de se praticar o bem é de que a nossa verticalização espiritual se torna mais rápida. Mesmo que se alegue que de um jeito ou de outro, um dia chegaremos lá, é mais inteligente anteciparmos nossa chegada e com o menor numero possíveis de sofrimentos.   

Algumas religiões ensinam sobre o pecado original contando a famosa historia de Adão e Eva, a qual, pelo menos para mim, é de difícil digestão, pois a infantilidade destaca-se no raciocínio de quem estuda o assunto. Ora, quem pesquisa sabe que muitas palavras traduzidas mostram uma deturpação pela própria sonoridade que confunde: Adam (homem), Adamah (terra), Aroum (astuto), Ish (homem), Ishah (mulher), apenas para citar alguns exemplos.  

Na revista “História Viva” (Religião / Edição nº 1), consta que em 1872, George Smith, jovem assiriólogo de 32 anos, traduziu pela primeira vez um texto babilônico escrito em 2000 a.C. onde se conta a historia de Gilgamesh, herói da Mesopotâmia que foge da morte e que nessa aventura acaba encontrando a arvore da vida (grifo meu). No caminho de volta, porém, é roubado por uma “serpente” (outro grifo meu), e que por isso, chora copiosamente.

Essa descoberta e muitas outras indicam que muitas das narrativas do livro de Genesis foram, provavelmente, inspiradas por literaturas mais antigas, de outros povos, que viveram outras sagas. Para se descobrir isso, é só pesquisar outras culturas e outras religiões.    


A verdade, com certeza, um dia se mostrará e enquanto isso não acontece nos ateremos ao que certamente é real e verdadeiro, que é o trabalho no bem pelo bem para chegarmos mais rapidamente ao nosso destino divino. É certo que nossa evolução ainda depende de exercícios nessa pratica, então, algumas atitudes preventivas ensinadas pelas religiões nos auxiliarão nesta caminhada, mas, independente disso e como sempre, a chave do sucesso está no Amor, pois, como Paulo de Tarso diz, quem o tem é paciente e benigno, não é ciumento e nem orgulhoso, não é interesseiro e tampouco intolerante, e, parafraseando o apostolo afirmamos que ainda que se descubram todas as verdades do mundo e ainda que se falem as línguas dos homens e dos anjos, se não plantarmos as sementes do bem, não se terá advogados para labutar por nossa causa.     

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