E... A VIDA CONTINUA!

Afirmar que a vida continua após o tumulo é consolar alguns e desesperar outros, porque, aqueles que trazem no coração a bagagem das boas semeaduras, com certeza, não temem a morte, mas, naqueles que, infelizmente, os instintos animalizados da imperfeição espiritual ainda os dominam, o pavor, inconsciente ou não, do que virá após a sepultura, os aterrorizam.
Os que têm conhecimento da reencarnação sabem que “Ação e Reação” são prevalecentes em suas vidas, porém, mesmo com conhecimento de causa, o efeito é o mesmo do acima mencionado, pois o saber de que a vida do outro lado continua não os isenta da colheita conforme a semeadura.
Os estudiosos das múltiplas vidas do Espírito sabem que no desligamento do corpo físico (morte) é mantido o corpo espiritual, onde estão agregados, ou, melhor dizendo, estão registrados todos os efeitos que serão sentidos após o seu desencarne. Sabe-se também que isso não é nenhuma novidade porque nas religiões e filosofias da antiguidade já se conhecia o principio de ligação entre o Espirito e o corpo físico: No Egito antigo era chamado de Ka; no Rig Veda (livro sagrado da Índia) é Linga Sharira; Confúcio o chamava de Corpo Aeriforme; na Grécia antiga era Carro Sutil da Alma e Corpo Luminoso; Aristóteles o denomina de Corpo Sutil e Etéreo; Paracelso o chamou de Corpo Astral; na bíblia, Paulo o chama de Corpo Espiritual ou Corpo Incorruptível (aqui cabe um parêntesis: é incorruptível porque não se tem como camuflá-lo ou suborná-lo, pois se mostra como realmente é, sem subterfúgios) e nós o chamamos simplesmente de Perispírito.
Getúlio Vargas só sofreu o que merecia sofrer pelos seus atos praticados em vida e isso ele deixa bem claro em seu depoimento pós-morte. Também demonstra que muito aprendeu e que tem se esforçado em melhorar suas condições para uma nova vida. Alimentar a alma é algo com que quase não nos preocupamos. Buscamos o alimento do corpo satisfazendo suas necessidades e esquecemos que o Espirito também precisa de fortalecimento para vencer os embates na busca de seu aperfeiçoamento o que, é claro, não é nada fácil em virtude dos nossos baixos instintos quererem nos dominar. É onde descobrimos que sofremos tanto as influencias do nosso nível evolutivo quanto dos outros, desencarnados ou não, que desejam obstruir nossa evolução por qualquer motivo que seja.
Ficar neutro diante dos sofrimentos alheios, insensível e indiferente às belezas que se manifestam à nossa volta e ver a vida somente pelo lado negativo sem perspectiva da positividade do futuro são formas de ativar o nosso desvirtuamento do objetivo de viver trazendo-nos, junto com a dúvida, o medo da certeza de que há continuidade da vida em outros planos, o que nos aprisiona na densidade deste mundo e o que gera sofrimentos que ativam a nossa busca do divino, o qual nos espera sempre de braços abertos, neste lado e no outro.
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