QUE MARÉ...
“Tomou o manto de Elias e bateu com ele nas águas dizendo: “Onde está agora o Deus de Elias?”. Quando bateu, as águas dividiram-se para os dois lados, e Eliseu passou.” (2 Reis 2:14).
Pelo que parece, naquela época era normal “dividir as águas”. Elias dividiu, Eliseu dividiu e Moises também dividiu. Estou começando a achar que esse ato significa literalmente, um “divisor de águas” na vida destes profetas, pois, percebi que as “águas se abriram” formando uma “passagem” para que todos cheguem até a “outra margem”, sãos e salvos.
Parece que passa despercebida a importância das águas para o ser humano. Todas as culturas têm um rio que é consagrado e considerado essencial à vida da população. Ganges (Índia), Nilo (Egito) e Jordão (onde aconteceram muitas coisas inclusive o batismo de Jesus), são locais famosos também religiosamente falando.
Sabe-se que as maiorias das vilas começaram “ribeirinhas” e que são, enfim, um marco para o nosso desenvolvimento e isto está tão enraizado em nós, no nosso cotidiano, que chamamos as “conseqüências de nossos atos” de maré.
Pois bem, a maioria das pessoas confunde o “estar bem de vida” com o “estar bem na vida”. É claro que estar bem financeiramente é o objetivo de todos. Ter sua empresa, um bom carro, alguns imóveis, um bom rendimento e etc. são o sonho da grande maioria, mas, e quando não realizamos o tão sonhado sonho? Aí é que vêm os questionamentos que, muitas vezes, nem damos conta porque pensamos neles automaticamente: ”Como seria nosso relacionamento familiar se tivéssemos tanto dinheiro assim? A maioria dos ricos “casam-se e separam-se” diversas vezes. E os amigos dos ricos e famosos? Normalmente são falsos e interesseiros. Será que estaríamos em paz conosco mesmos? Porque com os outros...”
Atualmente a manutenção familiar é dureza e nos pomos a pensar onde erramos e passamos a irradiar o porquê não dá certo? E ficamos dando voltas em torno de nós mesmos preocupados em angariar mais do que necessitamos por puro egoísmo, inveja ou ganância e não percebemos que temos uma família, mesmo com algumas desavenças normais, unidas e que nos ama do jeito que somos. Isso sem falar dos comentários, secretos ou não, dos amigos que nos invejam querendo o que possuímos. Alem disso, as portas abertas, as mãos estendidas, o ouvido amigo, braços que nos abraçam fraternalmente e, enfim, alguém a nos apoiar em nossas lutas nunca nos faltou. Nesses momentos ficam esquecidos que de um jeito ou de outro também sempre tivemos o que comer o que beber e um leito aconchegante, o agasalho a nos aquecer, a saúde e principalmente o amor a nos vitaminar para os embates da vida.
Diante disso pergunto-me o que é estar bem de vida? Ter dinheiro, carrão, casarão? Ou ter tranqüilidade, paz, esperança, força para evoluir, amor? Amigos sadios na amizade? Colher os frutos do nosso trabalho honesto? Estar de bem com a vida?
Emmanuel, através do Chico, ensina que “a galáxia em que respiramos agora, dentro da qual nossa Terra pode ser comparada a uma laranja no Oceano Pacifico, dista da galáxia mais próxima centenas de anos-luz. E, compreendendo-se que um ano-luz representa mais de nove trilhões de quilômetros, já que a luz se projeta com a velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo, é fácil de imaginar a grandeza da Criação”, e, como João da Graça sempre afirmou que fazemos parte deste complexo, deste Universo, então, chegou a hora de separarmos as águas da ignorância e atravessarmos os rios que passam em nossas vidas buscando na fé a esperança, a confiança da maré da ventura divina a nos banhar a vida sempre que dela precisamos para compreender que estar de bem com a vida é o mesmo que estar bem na vida, e que assim, estaremos bem de vida independente do que temos de bens materiais. PENSE NISTO!
PAZ E LUZ A TODOS!
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