OU UM OU OUTRO
“Ninguém poderá servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro” (Lc 14,13).
De dois vocábulos gregos (Arche, que significa o que comanda e Kratos, significando autoridade máxima ou poder) é que formamos as palavras usadas hoje para designar o tipo de governo existente no mundo em que vivemos. Dessa forma, as palavras que são compostas por Arche (Arquia) e as que se compõem com crácia (Kratos) referem-se à quantos que está no comando e a quem está no poder. Assim temos: Autocracia, que é o poder de uma pessoa; Democracia, poder do povo; Aristocracia, poder dos melhores; Teocracia, poder sacerdotal; Monarquia, que é o governo de apenas um; Oligarquia, de alguns; Poliarquia, de muitos e Anarquia que é quando ninguém governa.
Pois bem, se assim é no nosso mundo físico e, como Jesus ao nos dar esse ensinamento referiu-se também a Deus, posso afirmar então, com toda a certeza do mundo, que o mesmo deve ser na igreja escolhida para conduzir a nossa vida, e por que não dizer também que, identicamente, isso diz respeito ao nosso Espírito já que nos é ensinado que somos Templos do Pai Eterno. Estou certo? Ótimo, então posso continuar:
Quando vejo e ouço os testemunhos dados pelos programas evangélicos pergunto-me como será que se sentem esses lideres religiosos que o povo estima (ou devo dizer idolatra?) como milagreiros? Sempre afirmei que me parece que tais testemunhos não passam de propagandas e que eles me dão a entender que estão se autopromovendo porque os comparo com as atitudes daquele a quem dizem seguir e Jesus jamais se autopromoveu, nunca fez alardes de suas curas e tampouco mandava os beneficiados espalharem seus feitos.
A grande verdade é que o que é bom é bom por si só e não precisa de defensores e nem de propagandistas e o resultado do que vejo é que a intenção destes ditos evangelizadores é crescer à custa dos dízimos e ofertas cujo condicionamento mental é para quem quiser perceber, agressivo e autoritário.
Recordo-me do Centro em que comecei, porque antes de iniciar a “gira” era dada uma mensagem verbal à assistência cujos ouvintes, ao final da palavra, aplaudiam entusiasticamente o orador. Para minha surpresa, um dia, o dirigente dos trabalhos pediu para que os presentes não aplaudissem mais porque os aplausos envaideceriam os médiuns e médium vaidoso e orgulhoso só servem para os obsessores. Depois é que entendi o quanto ele estava certo. Perder-se-ia as virtudes da mediunidade através do sentimento de superioridade que o orgulho e a vaidade enalteceriam naquele que deveria ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio e modesto.
O alarde disfarçado das virtudes é falsa modéstia, é orgulho. A ostentação dos pseudomilagres esconde, quase sempre, uma multidão de amorais, principalmente a vaidade e o orgulho de sentirem-se os melhores do mundo. Nesse caso não seria preferível pouca virtude com modéstia a supostamente muitas com orgulho? É evidente que não me refiro às igrejas sérias e comprometidas verdadeiramente com o Cristo, as quais, graças a Deus, são muitas, mas a tantas quantas me dão a entender o que afirmo, as quais, infelizmente, também são muitas.
E em nossa casa, se houvesse autopromoção de onde moramos como seria nosso lar?
Qual o tipo de governo que existiria nele? E a nossa vida? Quem deve comandar? Não se aplicaria esse mesmo ensinamento ao nosso Espírito? Afinal, não deveria ser, digamos, nós mesmos a base governamental que deveríamos adotar para a nossa escalada até os braços do nosso Pai Celeste e não deixarmos que nos manipulem para um ou para outro? PENSE NISTO!
PAZ E LUZ A TODOS!
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