AMIZADE



“Não desprezes os que caminham nos andrajos das grandes provas e nem censures os que seguem no carro da fortuna aparente. Em qualquer parte, todos nós somos filhos de Deus” (Meimei / Chico Xavier).

Não acredito no acaso porque sei que tudo o que nos acontece, provocados por nós, por outros ou pela própria força da vida, tem a finalidade de nos aproximar, cada vez mais, de Deus. Assim, é que, algumas semanas antes, ao comentar com pessoas que fazem parte do meu circulo de e-mail e que os tenho como meus fiscalizadores dos meus estudos atuais, contei-lhes resumidamente uma historia verídica ocorrida no Vietnã. Historia essa lida numa revista qualquer, mas que, devido ao seu ensinamento, ficou retida em minha memória. Qual não foi meu desapontamento porque poderia contá-la inteira, mas que de alguma forma a resumi ao extremo. Pois bem, hoje, ao ser-me indicado o tema para reflexão, destacou-se em meu intimo o sentimento de amizade e, ao procurar em minhas anotações algo que me ajudasse a desenvolver tal assunto, encontrei a mensagem referida que circulou em nosso meio naquela época. O autor (para mim) é desconhecido, mas dá para sentir sua sensibilidade através da leitura. Aqui está na integra:
“Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeio. O missionário e duas crianças tiveram morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas. Entre elas, uma menina de oito anos, considerada em pior estado. Era necessário chamar ajuda por um radio e, ao fim de algum tempo, um medico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegaram ao local. Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria, devido aos traumatismos e à perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão de sangue, mas como? Reuniram as crianças e, entre gesticulações, arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que precisariam de um voluntario para doar o sangue. Depois de um silencio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menino chamado Heng. Ele foi preparado às pressas, ao lado da menina agonizante, e espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto. Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre. O medico lhe perguntou se estava doendo, e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lagrimas. O medico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar se doía, e novamente ele negou. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O medico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e explicando algumas coisas e o rostinho do menino foi se aliviando. Minutos depois ele estava novamente tranqüilo. A enfermeira então explicou aos americanos: - Ele pensou que ia morrer, não tinha entendido o que vocês disseram e estava achando que ia dar todo o seu sangue para a menina não morrer! O medico então se aproximou dele e, com a ajuda da enfermeira, perguntou: - Mas, se era assim, porque você se ofereceu a doar seu sangue? E o menino respondeu, simplesmente: - Ela é minha amiga “...
Jesus disse em João (15 – 13?) que “Ninguém tem mais amor do que quando dá a própria vida por seus amigos” confirmando que a amizade é filha do Amor que movimenta os seres para o vôo celeste do aperfeiçoamento espiritual. Chico Xavier, em mais uma de suas lições de viver, nos diz que “os avarentos, os sovinas, realmente são Espíritos doentes” e complementa informando que “Emmanuel costuma dizer que a criatura que amontoa, amontoa e amontoa recursos materiais, sem nenhum proveito no trabalho, na educação, na beneficência, no socorro em favor dos semelhantes, estão desequilibradas” e João da Graça, através de seus ensinos afirma que estes tipos de pessoas canalizam egoisticamente o sentimento do Amor no apego ao que possuem, esquecendo-se, inclusive, não só de amar os semelhantes, mas e também, a si próprios. Isto é, amam mais o que possuem do que a própria vida e que por isso vivem solitários, sem amigos. Não aceitam que somos todos, em qualquer parte do universo e com qualquer grau de entendimento intelectual ou religioso, filhos do Pai Eterno.
Portanto, deduz-se que aquele que ama seu semelhante como a si mesmo, jamais desprezará quem quer que seja de qualquer classe social ou de qualquer etnia porque estará, através desse Amor, pondo a Amizade em ação.                                                     MUITA PAZ!
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