NENHUMA OVELHA SE PERDERÁ


Não vos conformeis ao mundo presente, mas sede transformados pela renovação de vossa inteligência para discernirdes qual a vontade de Deus: o que é bom, o que lhe é agradável, o que é perfeito”. (Romanos 12,2)

Uma das coisas que fascinam na formação de ideologias é a maneira sutil como a linguagem pode sofrer mudanças de sentido em contextos sociais diferentes. A sentença acima nos ensina a transformação da inteligência para discernirmos qual a vontade de Deus e completa: “O que é bom, o que lhe é agradável, o que é perfeito”.
O que é bom, por si só já diz tudo e é claro que o que é bom é agradável. O que é perfeito é o que tentamos buscar através da religiosidade despertada pela fé que deveriam as religiões desenvolver racionalmente para que o fiel saiba por que ele tem essa fé.
Quando digo racionalmente quero dizer que não é aquela fé cega, fanática, sem coerência e que é apelada para o misticismo afirmando que os mistérios de Deus são insondáveis. Se assim fosse, Ele não nos daria a inteligência e nem os meios para desenvolvê-la, coisa que a própria vida nos mostra tal desenvolvimento.
Racionalmente também não quer dizer uma fé extremamente racional, sem o sentimento que abranda a racionalidade excessiva, mesmo porque, todo extremo é caminho para a obsessão e isso não é o racional a que me refiro.
Não se conformar com o mundo presente é tentar modificar para melhor o mundo futuro e isso, inteligentemente, é possível. Basta melhorarmos a nós mesmos que automaticamente o mundo à nossa volta será renovado, e isso é independente da religião escolhida, pois todas elas ensinam a mesma coisa só que de maneiras diferentes.

É pena que não exista união entre elas.

A interpretação dos textos bíblicos pode trazer distorções que aliadas ao interesse sorrateiro torna-se um perigo na manipulação das consciências que não tem uma fé raciocinada. Tanto é que há algum tempo atrás a Igreja Católica, tentando impor seu monopólio no Evangelho, afirmava que fora da igreja não haveria salvação. Após a reforma com Lutero e querendo mostrar que Jesus é maior do que a igreja, os protestantes pregavam a todos que fora do Cristo a salvação não existia no mundo. Hoje sabemos, conforme atestam os próprios Evangelhos, que o que salva realmente é o Amor, o que independe de nomenclatura religiosa.
Jesus disse em João 10: 16: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco as quais me convém trazê-las. Elas ouvirão a minha voz e então haverá um só rebanho e um só pastor”, querendo dizer exatamente que todo aquele que tem religiosidade na sua fé faz a vontade do Pai e que por isso alcançará a salvação, confirmando assim que nenhuma ovelha se perderá, isto é, todos serão salvos, mais cedo ou mais tarde e de um jeito ou de outro. Amem?  

PENSE:
Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine (...) agora, pois, permanece a fé, a esperança, o amor, estes três, mas o maior destes é o amor (...) e ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência (...) e não tivesse amor, nada seria. (1 Co 13 :1-3).

                                                       PAZ E LUZ A TODOS!        

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