O APRENDIZADO NUNCA SE PERDE


“E os judeus maravilhavam-se dizendo: Como sabe este, letras, não as tendo aprendido?” (João 7: 15)

“Deus o quer”, era o grito de guerra em tempos idos, dos cruzados e em nome de Deus os “inimigos” eram massacrados. Cruzada e fogueira eram os meios abomináveis da própria razão teocrática. A liberdade religiosa não era reconhecida como um valor moral.
Hoje, revela-se a ambigüidade no pensar a respeito: de um lado em especial, se aceita o exercício do pensamento e autoridades de varias religiões estão expressamente envolvidas na propagação de um ecumenismo. Do outro lado, acentua-se o dever à obediência naquilo que querem impor: só eles tem a verdade; só eles são o povo de Deus e só eles serão salvos. Nas mãos destes, parece que a missão cristã recebeu o caráter de sujeição e opressão e evidentemente a pressão exercida conduze-os aos velhos costumes religiosos.
Queimar hereges é contra a lei divina, mas vencer com argumentos sempre será salutar alem de ter o aval da espiritualidade maior, pois não foi à toa que o Espírito de Verdade nos deixou o seguinte ensinamento: “Espíritas! Amai-vos, este é o primeiro mandamento; instrui-vos, este é o segundo” querendo dizer que o amor seguido do estudo é fogo latente debaixo de cinzas que um dia se transformará em labaredas de verdades que queimarão as ignorâncias da mentira e do erro.
Mas, (você perguntará) quantas existências serão necessárias para que isso aconteça? E eu responderei: quantas for preciso para atingirmos o objetivo que Deus criou para nós: A Perfeição.
Diante disso, sabendo que teremos varias vidas e que em cada uma delas vamos subindo degrau por degrau em diversos conhecimentos, deduzimos então que todo aprendizado adquirido, nunca se perderá. Poderá ficar adormecido, latente, mas, pronto para eclodir, despertar no momento oportuno e mostrar sua atividade e surpreender até mesmo o seu possuidor.
Reconhecendo que temos dentro de nós possibilidades adquiridas anteriormente, e que essas possibilidades se juntarão às atuais, fortalecendo desse modo nossa espiritualidade alem de explicar os “dons inatos” que se manifestam em alguns irmãos e em qualquer idade, abriremos caminhos para trilhar e assim chegarmos mais rapidamente a Deus, porque respeitaremos nosso próximo como iguais independente de raça, credo ou filosofia, o que nos livrará do pseudo-poder do orgulho que tenta dominar os que pensam que sabem mais do que os outros.
Podemos chamar algumas facções cristãs de “judaísmo cristianizado” porque dentro de seus fanatismos opõem-se duramente aos que querem opor-se, mesmo que seja amorosamente, a eles. Seus gritos de protesto anseiam por Deus e esquece-se que o caminho traçado por Jesus jamais permitirá que a obra crística morra.
Só assim, através do exemplo de amor e libertação não obsessiva do conhecimento adquirido, poderemos ouvir como foi dito a Jesus, em Mateus 13: 54: “de onde veio a este a sabedoria e estas maravilhas?”. Amem?

PENSE:
Desiludido, o homem (considerado santo) calou-se. O fiscal de São Pedro passou carinhosamente a mão na sua cabeça dizendo: “não basta fugir do mal, é preciso fazer o bem. Você tem a consciência branca, se veste de branco, mas sua existência na terra também se passou da mesma maneira: em branco. (Vivendo em Branco/Irmão X/Chico Xavier)

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