ESPELHO, ESPELHO, MEU...
“Aprenda a estimar os outros, como se apresentam, sem exigir-lhes mudanças imediatas” (Emmanuel / Chico Xavier).
Normalmente espelhamos em outros nossos defeitos e virtudes. Principalmente nos nossos filhos é que investimos com sobrecarga em nossas aspirações não realizadas. Parece-me que desejamos externar, na maneira de educarmos aqueles que fazem parte do nosso meio familiar, os medos, anseios, desilusões, sonhos e etc. enraizados em nosso intimo. Esquecemos que cada pessoa é uma consciência individualizada e desrespeitamos essa individualidade forçando-os a serem do nosso jeito. Impondo nossa maneira de ser queremos que sejam nosso prolongamento para realizar tudo aquilo que não conseguimos fazer ou então, para dar continuidade naquilo que já realizamos.
Socialmente falando, queremos imitar aqueles que a mídia nos apresenta como modelo de beleza, de vestimenta, de alimentação, de modo de viver e de postar-se diante dessa mesma sociedade que desrespeita a individualidade de cada um desejando unificar, rotular e comandar a todos, distinguindo-os e selecionando por classes econômicas ou intelectuais, forçando desse modo, a serem aquilo que não são ou que não conseguem ser, gerando com isso as doenças que se dizem modernas chamadas de TPM, TOC, estresse, entre outras cujas nomenclaturas seguem novo palavreado, mas que na verdade são antigas doenças da alma.
Infelizmente, também no religioso muitos seguem essas diretrizes porque ao invés de serem agrupamentos de cooperação e proteção espiritual, de oferecerem fidelidade e respaldo às superações dos fieis, simplesmente colocam-se a distancia daqueles que os procuram sem comungar com seus ideais e de outras comunidades que consideram, declaradamente ou veladamente por entrelinhas como inimigos, parecendo que vivem numa guerra eterna para “angariar almas” (ou fundos?). Aliás, mesmo numa guerra verdadeira, onde o ódio deveria dominar, o instinto humanitário diz que “a 500 metros de distancia o inimigo é um alvo, a dois metros é um homem e a um passo, meu próximo”. Não sei o autor dessa frase preciosa, mas, lembrou-me um ensinamento do João da Graça que diz que “é a distancia dos corações que faz com que se tenham inimigos”.
Jesus nos deu o exemplo da compreensão e da fraternidade e ainda não entendemos sua mensagem de Amor, pois queremos nos impor a todo custo aos nossos semelhantes. Como não estou isento de tais atitudes, recorro à prece ditada por Meimei a Chico Xavier onde diz:
Senhor
“Faz-me perceber que o trabalho do bem me aguarda em toda parte. Não me deixe perder tempo, através de indagações inúteis. Lembra-me, por misericórdia, que estou no caminho da evolução, com os meus semelhantes, não para consertá-los e sim para atender a minha própria melhoria. Induza-me a respeitar os direitos alheios, a fim de que os meus sejam preservados. Dá-me consciência do lugar que me compete, para que não esteja a exigir da vida aquilo que não me pertence. Não me permita sonhar com realizações incompatíveis com os meus recursos; entretanto, por acréscimo de bondade, fortaleça-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcance. Apague-me os melindres pessoais, de modo que não me transforme em estorvo diante dos irmãos, aos quais devo convivência e cooperação. Auxilia-me a reconhecer que cansaço e dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência. Concede-me forças para irradiar a paz e o amor que nos ensinou. E, sobretudo, Senhor, perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre em Seu nome, servindo aos outros”. Assim seja.
. MUITA PAZ!
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