CONDUTOR DOS POVOS
“Os irmãos não acreditavam nele (João 7:5). Está fora de si, disseram os parentes” (Marcos 3: 21).

É aceito por muitos estudiosos que os Evangelhos não foram escritos pelos apóstolos ou mesmo por testemunhas oculares devido à forma narrada por cada um, chegando alguns a omitir fatos que outros fazem questão de destacar. Como exemplo o Evangelho de João nos diz que não havia ninguém na tumba onde Jesus foi enterrado quando Maria madalena chegou lá; o de Marcos afirma que havia um jovem de branco dentro da cripta anunciando a ressurreição; em Mateus consta que um anjo pousado sobre a entrada da gruta é quem dá a noticia e em Lucas, dois homens no interior da caverna é que fazem o anuncio. Mesmo Paulo, que considero o mais exato de todos, pouco se ateve à vida de Jesus homem, dando mais ênfase ao Cristo da Fé.
A adaptação do sentido dos textos, sua transformação em instrumento para justificar sua própria intenção não é possível para qualquer um, mas unicamente para quem tem poderes e meios para divulgar e estabelecer seu relacionamento textual a partir de si próprio, e, modelar seu conteúdo no sentido de seus interesses. Normalmente a relação do passado, ou seja, acontecimentos do passado servem como argumentos de seus ideais, resultando significadamente em mal entendida e falsificada interpretação causada por essa assimetria.
Através das inúmeras traduções vê-se que a distorção do passado esta presente nos dias de hoje, pois se sabe que Mateus e João escreveram em hebraico e grego; Marcos e Lucas transmitem em grego, reminiscências de Pedro; investigando e recolhendo dados temos Lucas por via indireta. Indo mais fundo percebe-se que Mateus vislumbra em Jesus o diretor supremo, o Rei; Marcos sublima nele o servo divino; Lucas, o mais intelectualizado, apresenta-o como entidade material imaculada e João, mais espiritualizado, o vê como entidade celestial, o Verbo de Deus, e, Atos dos Apóstolos, que é a continuação do Evangelho após o calvário, atribui-se a Lucas, o qual destaca Pedro e Paulo. As epistolas são as cartas escritas por Paulo e que considero, particularmente, as mais próximas da verdade espiritual.
Entre os três Cristos apresentado no inicio de nossa conversa e sem querer desmerecer o Cristianismo Dogmático fico com o Cristo histórico já que o que Ele nos ensinou vai d encontro a todas as religiões dos diferentes cantos do mundo, mostrando assim a universalidade do Amor Divino, ficando dessa forma mais fácil em acreditar na sua Divina Missão de Condutor dos povos. Amem?
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