O CRISTO DA FÉ?
“Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas, entrando (no espírito?) sufocam a palavra, que fica infrutífera” (Marcos 4:19).
Sempre afirmei preferir o Jesus histórico ao Jesus mítico adotado pelas igrejas, porque, o primeiro, para chegar aonde chegou, passou pelo processo evolutivo que todos passam sendo que o outro já nasceu com “superpoderes” o que lhe tira o mérito dos grandes feitos. Mas, bem, deixemos meu raciocínio de lado e vamos a historia que qualquer um pode comprovar se pesquisar sem preconceito, só que, por favor, peço-lhe que use seu raciocínio, pois foi para isso que Deus lhe deu a inteligência, e tire suas conclusões.
Sabe-se que a disputa entre as diferentes visões sobre Jesus se refletiu também na discussão sobre a formação do livro sagrado dos cristãos e para não me tornar longo e enfadonho, resumo o assunto sem tirar o sentido da historia:
Ano de 30 dC = Crucificação de Jesus.
Década de 50: Escritos de Paulo.
Anos de 50/70: os de Tomé; 70/90: os de Marcos, Mateus e Lucas e 90/100: os de João. São os Evangelhos das comunidades.
Século II = O numero de evangelhos escritos por diferentes comunidades cristãs chega a dezenas. Irineu, bispo de Lião, denuncia boa parte desses grupos e seus textos como heréticos.
Anos de 144: Marcião, importante líder cristão, propõe um cânone bíblico composto por apenas um evangelho e as cartas de Paulo. Foi denunciado como herege; 170: Taciano escreve uma versão condensada dos evangelhos que é recusada.
Século III = Intenso debate teológico sobre a figura de Jesus.
Anos de 318: inicio da controvérsia Ariana; 325: reunidos no concilio de Niceia, bispos escolhem uma formula que é contraria ao Arianismo; 367: em seu esforço para combater o Arianismo, o bispo Atanásio faz a primeira lista dos textos que compõem o Novo Testamento.
Agora a controvérsia Ariana passo a passo:
1) Em Alexandria, o padre Ario afirma em seus sermões que Jesus é subordinado a Deus e não o próprio Deus;
2) Alexandre, o bispo de Alexandria, convoca Ario para explicar suas ideias as quais julga incorreta. O excomunga e o bane de Alexandria;
3) Ario foge para Antioquia, cujo bispo Eusébio, convoca um concilio onde conclui que as ideias Arianas não são heréticas;
4) Preocupado com a divisão de adeptos, Constantino convoca um concilio em Niceia, onde comparecem Alexandre e Atanásio. Os participantes criam um credo que condena as ideias Arianas (fevereiro de 380?).
5) As diferenças entre oriente e ocidente levaram ao cisma clerical de 1054.
A divindade de Jesus foi o motivo da disputa entre Nicenos e Arianos. Disputa essa motivada inicialmente pela força de Crença e que posteriormente passou a ser pela força de Poder. Hoje, infelizmente, existem disputas entre irmãos de fé (cristãos atuais), inaugurando igrejas e mais igrejas com o objetivo de monopolizar tal Poder indo contra os ensinos de Marcos e esquecendo os do próprio Cristo da Fé. Amem?
PAZ E LUZ A TODOS!
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