AO DEUS DESCONHECIDO

Desde que o mundo é mundo o inconcebível sempre alimentou o imaginário humano. Dentro do conhecimento “limitado” de cada época, a palavra DEUS encheu as consciências com as mais diversas teorias sobre o inexplicável. As mesmas Leis da Natureza que amedrontaram no passado também serviram para iluminar aqueles que já traziam a semente do progresso intelectual e moral na alma. Assim, foram se modificando conceitos até a nossa atualidade, como provam diversos pensadores antigos que eliminaram os mitos através da filosofia.
Analisando esta progressão deduziu-se que cada deus foi criado à imagem e semelhança dos homens, pelos próprios homens.
Acredito que foi o que motivou Kardec a perguntar aos Espíritos Superiores “que é Deus” e não “quem é Deus”, o que já formataria um conceito humano, pois, “que” no lugar de “quem” apresenta idéia mais ampla e acima das limitações antropomórficas. A resposta obtida afirmando que “Deus é a Inteligência Suprema, a Causa primária de todas as coisas” eliminou por completo qualquer intenção enraizada no inconsciente de humanizar o Criador.
Qual a diferença da imagem apresentada de um velho de barbas brancas e longas, sentado no trono divino com o que a mitologia apresentou Zeus?
É evidente que quando se tem uma nova consciência, tem-se um novo mundo a se olhar:
“O deus por nós inventado não é Deus” disse Krishnamurti; “Deus é ato puro” afirmou Aristóteles; “A divindade é a alma do Universo” ensinou Espinosa; “Se alguém me pergunta o que é Deus, confesso que não sei, mas se ninguém me pergunta, sei!” confessou Santo Agostinho; “Deus é um tesouro escondido e deseja ser conhecido” sentenciou Maomé; “A consciência é a presença de Deus” elucidou Swedenborg; “O autor deve estar na sua obra como Deus no Universo, onipotente e invisível” vaticinou Fernando Pessoa e, Santo Tomás de Aquino, inteligentemente, deduziu que “é mais fácil dizer o que Deus não é do que dizer o que Ele é”, o que confirma a resposta dada a Kardec quando perguntou onde está escrita a Leis de Deus, no que responderam os Espíritos de Luz: Na consciência.
Durante muitos séculos a ciência esteve divorciada da religião por culpa da própria religião em querer ser a dona exclusiva da verdade não aceitando nada que fosse contra seus princípios. Esquecido foi que ela, a religião, é formada por homens que, por força da congregação efetuada tornou-a mais humana do que divina. Porem, devido à gravação em nossa consciência das Leis Divinas, sabe-se e sente-se que Ele (Deus) existe e que está acima das convenções humanas, sentimento este que motivou os gregos a erigirem, no Areópago e entre muitos outros deuses, um altar ao Deus Desconhecido. Paulo (o apostolo dos gentios) disse que “Deus não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” confirmando o ensinamento de que somos Cidadãos do Universo, destinados à plenitude, o que rebate os céticos que afirmam inadvertidamente que Deus se cansou de sua criação.
Ora, como ensina Emmanuel, a cada alvorecer está a magnífica beleza do Sol nos mostrando que as Leis Regentes ainda estão vigentes e iluminando nossos caminhos rumo à Perfeição Perfeita designada a nós por Deus nosso Criador e Pai.
MUITA PAZ!
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