NEM DEUSES NEM DEMÔNIOS
“Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino se divide internamente, ele não consegue manter-se (...) assim, também, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, ele não consegue manter-se, mas se acaba” (Marcos 3: 23 a 26).
No jornal Folha de São Paulo de 21/7 tem uma pesquisa Datafolha que mostra o “vai e vem” dos religiosos nas religiões: De agosto/94 a junho/13 os católicos, que eram 75% da população, caíram em 18%, ou seja, passaram para a marca dos 57%. Já os pentecostais aumentaram em 9% (eram 9% e somaram 19%) e os evangélicos não pentecostais tiveram uma alta de 5%, pois passaram de 4% a 9%. As outras denominações não foram computadas, mas o que temos nos mostra que o povo não está satisfeito religiosamente e que por isso pula de um lado para outro em busca de soluções, que na maioria das vezes são materiais, para o seu viver.
Eu disse materiais, porque, na realidade, o espiritual é esquecido pela maioria já que buscam essas congregações atrás de uma cura por mais simples que seja, ou, de um carro novo, de um bom emprego, de uma excelente moradia, entre outras coisas. Como isso faz parte da humanidade, é normal então, essa troca de igrejas, que, como já disse, não consegue responder satisfatoriamente às perguntas racionais ou mesmo aos interesses pessoais de seus adeptos, formando esse “vai e vem” entre eles (veja que é “normal” para eles freqüentarem varias denominações ao mesmo tempo dando a impressão de serem em numero maior do que o anunciado, o que não é verdade).
Essas alterações não são de hoje. Devido ao entendimento que temos da divindade, isso vem de muito longe, pois identificamos Deus conforme nossas necessidades em primeiro lugar para depois O buscarmos com nosso entendimento.
Foi assim que tivemos a identificação com os fenômenos naturais, como por exemplo, os vulcões com a deusa Pele dos havaianos e o deus natureza (1364 a.C.) fazer-se presente na adoração á Aton, o deus Sol onde o homem primitivo confundiu criação com criador (Akhenaton significa filho do sol). Em 800 a.C. na antiguidade clássica surgiram os deuses humanizados (com forma e comportamento humanos), pois que foram criados à nossa imagem e semelhança, cujo atavismo sente-se inclusive na época atual.
Pois bem, dentro do que já falamos percebe-se que a tradição judaico-cristã (exposta anteriormente) nos dá um bom exemplo dessa evolução de entendimento sobre Deus: Moises alcançou a idéia de um deus que, não sendo mais voluntarioso, estabelecia um contrato, um conjunto de regras a serem obedecidas pelo seu povo; Amós compreendeu que a relação de deus com o homem seria, embora severa, justa (é o Deus de Justiça); Oséias afirmou que deus, na sua severidade, sabia perdoar os erros dos filhos (é o Deus de Perdão); O Dêutero Isaias entendeu que o deus de Israel era o mesmo de toda a humanidade (é o Deus Único) e Jesus traduziu em ações, que todos são iguais perante Deus, e que o Amor é a relação física entre Deus e suas criaturas (é o Deus de Amor). Em 325 da nossa era, o Concilio de Nicéia criou a idéia de um Deus Pai, Filho e Espirito Santo ou Santíssima Trindade (é o Deus Trino) passando a impressão de buscar acomodar a situação com correntes politeístas que rejeitavam o Deus Único.
Ora, verificando que as leis naturais (divinas) são únicas e imutáveis e que regem a tudo e a todos, entende-se o porquê do “reino” não poder dividir-se para manter o equilíbrio cósmico e universal. Portanto, todas estas mutações por quais passamos, derivadas do nosso estagio evolutivo, nos mostra que a cada tempo nos aproximamos mais do Deus Verdadeiro que atualmente ainda não podemos conceber e que por isso, em todas as eras passadas não cultuamos nem deuses e nem demônios, mas, e tão somente, e simplesmente, Espíritos. PENSE NISTO!
PAZ E LUZ A TODOS!
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HIPOCRISIA...!
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